sexta-feira, 4 de março de 2011

Pensando em aprender uma língua estrangeira?




Eu estava pensando sobre o que seria meu texto desta semana e, apesar de inúmeras ideias surgirem, eu optei por escrever sobre aquilo que foi “minha praia” por 15 anos: o ensino e o aprendizado de uma língua estrangeira. Afinal, estamos no começo do ano e muita gente está saindo às ruas, procurando uma escola de línguas para se matricular ou matricular seus filhos.
Eu comecei a aprender Inglês na década de 80, aos 13 anos. Na época, uma idade ideal para começar. Hoje em dia os estudos mostram que quanto mais cedo, melhor. Me lembro que estudei com livros importados pois ainda não havia livros de qualidade do ensino de Inglês escritos por brasileiros para brasileiros, como há tantos hoje no mercado!
Tenho orgulho em dizer que 4 anos depois de ter iniciado meus estudos e sem nunca ter feito nenhum curso no exterior eu já falava Inglês fluentemente. Uma coisa que muita gente confunde é o que significa falar fluentemente uma língua.
 Citando o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa:

fluente
1. Que corre com facilidade; corrente, fluido;
2. Fig. Natural: abundante, fácil, espontâneo;

 Você fala fluentemente uma língua quando é capaz de se comunicar, nas mais variadas situações, nessa língua, mesmo que cometa alguns erros de pronúncia e de gramática ou que lhe faltem determinadas palavras ao se expressar. Ainda assim, seu interlocutor será capaz de compreendê-lo. 

proficiente
1. Que tem perfeito conhecimento; competente, capaz, hábil, destro.

Você é proficiente em uma língua estrangeira quando tem domínio de fala e escrita e raramente, muito raramente comete erros. Mesmo sendo proficiente, pode ter sotaque, o que normalmente acontece, a menos que moremos em um país estrangeiro por pelo menos 1 ano.
Há inúmeros certificados de língua estrangeira hoje em dia. Alguns deles testarão sua fluência, outros sua proficiência e alguns testarão até seu nível exato de conhecimento, seja ele básico, intermediário ou avançado. O mais importante é que o teste seja validado por uma universidade estrangeira de renome e que a escola que o esteja oferecendo seja oficialmente um centro examinador daquela universidade.
Outra coisa que muitos alunos sempre me perguntaram ao longo da minha carreira é se há uma idade ideal para começar. Eu acredito que a partir dos 3 anos de idade, na escola regular, na educação infantil mesmo, a criança pode começar a ter contato com a língua através de atividades simples e lúdicas que possam, mais do que tudo, criar interesse e gosto pela língua estrangeira. Mas nunca é tarde para se começar nada nessa vida, embora quanto mais tarde, mais difícil será se comprometer com um curso de qualidade, que levará alguns anos.
E não se iludam aqueles que pensam que colocarão seu filho de 7 anos em uma escola de línguas particular e pensam que em 4 anos (como aconteceu comigo) ele falará a língua fluentemente pois é necessário conhecimento de mundo para poder falar bem uma língua estrangeira, quero dizer, quanto mais conhecimento e experiência de vida você tiver,  mais fácil e mais rápido você aprenderá uma língua estrangeira. Uma criança de 11 anos ainda não possui, muitas vezes, sequer maturidade para se expressar em seu próprio idioma. É por isso que comigo deu certo iniciar meus estudos aos 13. Porém, se eu tivesse começado aos 7, quando me formei aos 17,  eu estaria falando muito, muito melhor ... por isso, aconselho aos pais colocarem seus filhos em uma escola de línguas desde cedo. E não terem pressa! A criança só vai começar a se comunicar mesmo quando tiver maturidade para desenvolver suas habilidades sociais.
Fluência leva tempo!  E é por isso que escolas que prometem uma aprendizagem rápida funcionam apenas para que a pessoa tenha uma noção básica (no máximo intermediária) do idioma. Se comunicar em outra língua, repito, leva tempo e vai depender, como disse anteriormente, da experiência e conhecimento de mundo da pessoa, de sua cultura (quanto maior o conhecimento cultural, mais fácil), das horas que ela tem para se dedicar ao estudo fora da sala de aula e de sua persistência em não interromper o curso.
Quando acontece uma crise econômica, a primeira coisa que o brasileiro pensa que pode retirar de sua vida para poupar dinheiro é lazer e cursos extras, como o de línguas! Uma besteira das grandes pois quando você para um curso de línguas sem concluí-lo, todo o investimento feito, será perdido. E o retrocesso é grande. Quando não se está em contato frequente com a língua estrangeira, perde-se muito rápido o que já havia sido adquirido. Uma pena!
Se tiver de optar entre 2 aulas semanais de uma hora, por exemplo, ou 1 vez por semana com uma aula de 2 horas, sempre dê preferência a primeira opção pois está comprovado que depois de 50 minutos de uma aula, a nossa atenção diminui drasticamente (se for criança, depois de 30 minutos). Além disso, você estará em contato com a língua mais vezes por semana.
Procure perceber se o método com o qual você estudará está de acordo com suas necessidades. Eis um resumo dos métodos ou abordagens mais comuns e seus objetivos:
  • Método Gramática-Tradução: a segunda língua é ensinada tendo como base a língua mãe, por isso o professor pode usar o Português em sala de aula; trabalha-se com memorização de palavras e exercícios intensivos de gramática; não há muito espaço para a fala pois usa-se muito a escrita e não é dada muita ênfase à pronúncia; o professor é o centro da aula, que é bastante expositiva;
  • Método Audio-Lingual: é dada muita ênfase à fala e à pronúncia e pouca à escrita; normalmente os alunos passam boa parte da aula (muitas vezes em um laboratório, usando fones de ouvidos) escutando e repetindo palavras e frases; aqui o aluno não aprende errando, seu erro não é considerado como gancho para a aprendizagem; aprendizagem intensiva através de repetições;  o aluno deve primeiro ouvir, depois falar, e então ler, para finalmente escrever na língua alvo; o centro da aula são as repetições ou drills.
  • Abordagem Comunicativa: a aula é centrada no aluno, este deve atuar mais do que o professor em sala de aula; aula baseada em práticas orais de situações do dia-a-dia; erros são bem vindos e aprende-se muito com eles; a gramática será estudada como uma ferramenta auxiliar da fala, e não será o centro das atenções; em sala de aula apenas a língua alvo deve ser usada, mesmo em estágios iniciais; ênfase em dramatizações e trabalhos em grupo.
Mas o mais importante é a escolha da escola. Veja o que uma boa escola de línguas deve ter e como devem ser seus professores:
- cada grupo não deve ter mais do que 10 alunos por sala;
- a escola deve ter uma estrutura que permita ao aluno explorar a língua, além da sala de aula: biblioteca, computadores, filmes e atividades culturais que envolvam o idioma são desejáveis;
- um curso de línguas completo deve oferecer uma carga horária igual ou superior a 400 horas/aula;
- o professor deve ter liberdade de usar materiais diversos em sala de aula, e não só o material didático obrigatório;
- seus professores devem ter certificação internacional comprovada e, de preferência, vivência no exterior e serem da área do ensino (preferencialmente formados em Letras), além de um bom conhecimento cultural da língua e seus falantes. Precisa ser descontraído, alegre, ter bom senso de humor, facilidade de relacionamento e sensibilidade para saber lidar com diferentes tipos de pessoas;

        Creio que essas sejam as informações mais importantes.

Bom curso e se tiver qualquer dúvida, deixe seu comentário e eu o responderei.



6 comentários:

  1. Ah! Descobri que sou fluente em ler e escrever!!!!

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  2. Gostei mto do texto Dri. Estou buscando aulas particulares...nessa etapa da minha vida, acho que vai ser melhor...nao tenho mais paciencia pra ficar em sala de aula com varias pessoas, quero exclusividade...rsrs..Bjus Drikinha

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  3. oi eu li o artigo,e queria saber uma boa escola pra começar a estudar o inglês

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  4. Olá Palbocarlos manda um e-mail pra mim dizendo em que cidade vc mora: drioliv@@gmail.com

    Abç

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